new beat – ou: fissuras para a sanidade

uma chuva quase adocicada cai em Poa, o café parece dançar na xícara,
formando uma névoa tardia para esse quase verão.
no player Pat Metheny e o seu What´s it all about – And I love Her.
passei o dia pensando em ti.

o café, passou, a música pulou para neil Young
e eu, por um triz, continuo aqui, Beat…riz(vontade d eler Kerouac,
veio com teu nome)te beijo
e deixo a saudade ser um pouco dessa chuva rabiscando o sol antes de a
noite o engolir.

F.R.



estranhos versos do pens a mento

não minto
penSEI (in) ti
h-o-j-e
[ainda]
não por conta 
-me conta-
da chuva
   …
      …
mas para fugir dela, de (f)ato
pensei em pOa
café
beliscos
— qualquer coisa que devolva à vida aquele ar de cotidiano, tão presente no folhear de um livro e que, no entanto, tão raro se (des)faz —
PENsei mesmo em ti, doce amigo. em qualquer bilhete de passagem que fosse refúgio aos pensamentos que querem vo–ar, 
vol–tar 
(ás tu?) 
abrindo fissuras neste labirinto louco de burocracias em que me perdi
Kerouac entenderia o que beat aqui dentro?
fecho os olhos: Young again
— por um triz: poa
(e a palavra que rabisca o dicionário de uma eterna eXtrangeira de sua língua. no céu da boca. pupilas: saudade)
papilas
.te beijo


B.G.

 

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1 comentário Adicione o seu

  1. Bea, Bea…você perdida num “labirinto de burocracia” e mesmo assim sensível à boa música, às palavras certas – cantadas, lidas, escritas – achei tão lindo…dividir é bom, não?

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