entre
o chão
]e o avesso do avesso[
sou como a pá
lavra:
Por um Triz!
minha grandeza é onde
n-u-n-c-a
toquei
não venham monetizar meu tempo
não rabisquem meus sonhos
nem criem atalhos
não subjuguem paradigmas nem desenhem meus espaços
– que só caibo no tempo das reticências
– que sulco sementes nos vãos das lavras
– que uso pás para pulsar os verbos
– que lambo feridas para saber que gosto
… que traço gestos no ar
para desenhar com as sobras
dos poros
EU, que esculpo matérias para significar vulcões
eu:
lava, depois
minha grandeza, que é (toda) essa (pequena): onde nunca toquei
entre o chão
tudo isso e nada disso
e o avesso do avesso
veias viradas vestígios vãos, vulcanizadas e vir,gulosamente vazadas
Por um Triz!
Tudo isso e nada disso.
Poesia de versos estagnados
no espaço
[entre].
E abra a porta.